Operação investiga fraude no aluguel de veículos pela Câmara de Araguaína; repasses somam R$ 3.351.540,92.

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Operação investiga fraude no aluguel de veículos pela Câmara de Araguaína; repasses somam R$ 3.351.540,92.

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Mandados de busca e apreensão foram executados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e pela Polícia Civil. A investigação apura repasses que totalizam R$ 3.351.540,92.

Na manhã desta quinta-feira (13), foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Araguaína, região norte do Tocantins, como parte de uma operação que investiga possíveis fraudes em licitações e desvio de recursos públicos por meio de contratos de aluguel de veículos. Os contratos da Câmara Municipal de Araguaína em análise envolvem repasses que somam R$ 3.351.540,92, realizados entre 2016 e 2020.

A ação é conduzida pelo GAECO, do Ministério Público do Tocantins (MPTO). Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de Araguaína e cumpridos em oito endereços da cidade, com apoio da Polícia Civil.

A Câmara Municipal informou que ainda não foi oficialmente notificada sobre a operação, ressaltando que os fatos investigados dizem respeito a gestões anteriores (veja a nota completa abaixo). O portal g1 segue tentando contato com a empresa envolvida na investigação.

De acordo com o MPTO, a operação “Finta Carozza” tem o objetivo de desarticular um grupo criminoso suspeito de envolvimento em desvio de recursos públicos, fraudes em licitações, superfaturamento de contratos, peculato, corrupção e lavagem de dinheiro.

Fraude na locação de veículos

As investigações tiveram início a partir de um Relatório de Inteligência que identificou indícios de irregularidades em um contrato firmado entre a Câmara Municipal de Araguaína e a empresa Auto Vip Multimarcas Ltda para locação de veículos sem motorista.

Segundo o MPTO, os indícios apontam para um esquema fraudulento de desvio de recursos públicos.

“Entre as principais irregularidades identificadas, está o fato de que muitos dos veículos listados no contrato nunca pertenceram à empresa contratada. Além disso, foi constatado que vereadores possivelmente alugavam seus próprios veículos ou indicavam terceiros para fornecer os automóveis, apropriando-se indevidamente dos recursos públicos”, informou o MPTO.

Fonte G1